A fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho no Paraná (DRT/PR) conseguiu tirar do mercado informal de trabalho, no ano passado, 74% dos trabalhadores encontrados em situação irregular. A informação é da Seção de Inspeção do Trabalho do órgão, que contabilizou o registro em carteira de 18.332 dos 24.660 casos detectados nos dez setores da economia que mais empregam.
Para o delegado regional do Trabalho, Geraldo Serathiuk, o balanço é positivo mas deve ser analisado com cautela. “Ele é bom se considerarmos o número de casos que chegaram ao conhecimento da DRT no período, porém precisamos ampliar o universo a atingir. E isso só será possível através do planejamento compartilhado com as entidades sindicais”, observou. Os números a que Serathiuk se refere são as estimativas sobre informalidade nas relações de trabalho feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Resultados
A agricultura, que este ano será objeto de uma operação concentrada para garantir o registro profissional de quase 12 mil assalariados rurais, por conta de uma meta nacional fixada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, foi o setor que mais regularizou: 2.689 dos 2.847 casos detectados pela fiscalização. Esse número representa quase 94,45% de regularizações entre as situações ilegais encontradas pelos auditores, mas é importante salientar que a informalidade média do setor supera a casa dos 90%.
A indústria vem a seguir, com 77% dos 6.533 trabalhadores formalizados. O número dos trabalhadores monitorados, porém, corresponde a 26,49%. O comércio, que aparece na terceira posição do ranking, garantiu carteira assinada para 76,26% dos 4.027 funcionários abrangidos pela ação fiscal. O grupo encontrado em situação irregular representa 16,33% do mercado informal de trabalho do setor. Hotéis e restaurantes registraram em carteira 78,62% dos seus 1.048 empregados. Esse universo significa 4,24% da mão-de-obra absorvida pelo segmento.
Na construção civil, que já mantém um comitê de combate à informalidade, a fiscalização obteve 74,82% de registros. Foram acompanhados 2.773 casos, que significam 11,24% da informalidade no setor. Na área de transportes, 42,15% dos 1.995 trabalhadores foram formalizados. No entanto, eles representam apenas 8,09% da mão-de-obra do setor.
