Os cerca de 140 farmacêuticos de Curitiba que ficaram desempregados depois da falência da rede de farmácias Drogamed já podem respirar um pouco mais aliviados.
A expectativa do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Paraná era terminar as homologações ontem.
Os salários, porém, devem ser pagos até a semana que vem. A rede teve falência decretada no dia 3 de maio deste ano, e no último dia 21 o grupo Maioka Comércio de Medicamentos comprou as 76 lojas que fecharam, além do mobiliário e do pouco estoque que restava. Em todo o Paraná, cerca de mil funcionários ficaram sem emprego.
De acordo com a assessora jurídica do sindicato, Andrea Trevisan, os salários dos farmacêuticos estavam atrasados desde abril. Já as verbas rescisórias e o FGTS (em falta desde julho de 2007) ainda não foram pagos.
Com relação ao restante dos funcionários, a reportagem de O Estado procurou o administrador da massa falida da Drogamed, Arno Jung, mas não obteve retorno. A rede teria sido comprada pelo grupo Maioka pelo valor de R$ 8,5 milhões. O responsável pelo grupo, Ricardo Maioka, é irmão do proprietário da rede de farmácias Nissei.
O porta-voz da Nissei, Nelson Goulart, no entanto, disse que está autorizado a repassar algumas informações sobre a negociação, mas que Ricardo Maioka não atenderia a imprensa. Goulart informou que os funcionários da Drogamed terão preferência nas contratações do grupo. Ainda segundo Goulart, por enquanto o grupo Maioka não sabe qual será o nome da nova marca.
?Estamos fazendo uma pesquisa com 1.300 consumidores para saber qual a bandeira que eles mais se identificam?, contou. Segundo Goulart, algumas lojas que eram da Drogamed já estarão funcionando (ele não informou quantas). A previsão é que o restante sejam abertas nos próximos três meses.
As lojas Drogamed surgiram em 1979. Elas sucederam as lojas Minerva, que são de 1919. Em 1997, as duas bandeiras se uniram sob o comando dos proprietários da atual Call Farma. Em 2000, a marca passou para o grupo chileno Farmacias Ahumada S/A (Fasa).
O atual proprietário é Hugo Rodríguez, que assumiu a direção no início de 2006, quando as dívidas já chegavam a R$ 41 milhões. Em dezembro de 2006, ele vendeu 11 lojas para a rede Nissei.
