A análise econômica do Banco Central Europeu (BCE) confirma a expectativa de que a inflação na zona do euro permanecerá baixa por um período prolongado, antes de subir gradualmente para níveis próximos de 2%, afirmou hoje o presidente do BCE, Mario Draghi, no discurso introdutório da coletiva de imprensa sobre a reunião de política monetária da instituição. Mais cedo, o BCE decidiu manter sua taxa básica de juros inalterada na mínima histórica de 0,25% e não anunciou qualquer medida adicional de estímulo, conforme esperado por analistas. Segundo Draghi, a avaliação do BCE também confirma que as pressões de preços subjacentes permanecerão contidas no médio prazo.

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No discurso, Draghi também comentou que uma pesquisa de abril indicou estabilização nas condições de crédito voltado para empréstimos a empresas e famílias e que, desde o verão europeu de 2012, houve progresso significativo na situação de financiamento dos bancos. “Para garantir a transmissão adequada da política monetária para as condições de financiamento nos países da zona do euro, é essencial que a fragmentação nos mercados de crédito (do bloco) diminua mais e que a resistência dos bancos seja fortalecida onde houver necessidade”, reiterou ele.

Sobre política fiscal, Draghi disse que a previsão do BCE é que o déficit orçamentário da zona do euro continuará caindo, de 3,0% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 para 2,5% neste ano e 2,3% em 2015. Para a relação dívida/PIB, a projeção é de estabilidade a 96,0% em 2014 e de queda a 85,4% em 2015, afirmou o presidente do BCE.

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