economia

Draghi, do BCE, reitera que decidirá sobre ajustes de estímulos ainda este ano

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, reiterou hoje que a instituição tomará uma decisão ainda este ano sobre os instrumentos de política monetária que vem utilizando para estimular a economia da zona do euro e impulsionar a taxa de inflação local.

No último dia 7, quando o BCE decidiu manter sua política monetária inalterada, Draghi já havia sinalizado que decidirá sobre o atual programa de relaxamento quantitativo (QE, pela sigla em inglês) na reunião de outubro. Pelo cronograma atual, o BCE continuará comprando, por meio do QE, 60 bilhões de euros em ativos – principalmente, bônus soberanos – por mês até pelo menos dezembro.

O QE teve início em março de 2015 e a expectativa é que totalize 2,3 trilhões de euros (US$ 2,73 trilhões).

Draghi, que discursou em Bruxelas, também voltou a dizer que um grau bastante substancial de estímulo monetário ainda é necessário, embora a zona do euro esteja crescendo de forma ampla e disseminada, graças principalmente a fatores domésticos. “Precisamos ser pacientes e persistentes”, defendeu o chefe do BCE.

Segundo Draghi, os riscos à economia europeia estão ligados a fatores globais e a desdobramentos nos mercados de câmbio.

Draghi também repetiu que a recuperação da zona do euro ainda precisa impulsionar a dinâmica da inflação de forma mais convincente, mas demonstrou confiança de que os preços eventualmente subirão em direção ao objetivo do BCE.

“Ainda vemos incertezas em relação à perspectiva da inflação no médio prazo”, notou Draghi. “De forma mais notável, a recente volatilidade da taxa de câmbio representa uma fonte de incerteza que requer monitoramento.”

A meta de inflação do BCE é de taxa ligeiramente inferior a 2%. Embora a inflação do bloco tenha atingido 1,5% em agosto, o BCE projetou, em seu ultimo relatório mensal, que a taxa voltará a perder força e recuar a 0,9% no primeiro trimestre de 2018.

Sobre a China, Draghi comentou que uma eventual desaceleração da segunda maior economia do mundo não teria o mesmo impacto na zona do euro do que há dois anos. Com informações da Dow Jones Newswires.

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