O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, reconheceu hoje que taxas de juros negativas podem ter efeitos colaterais inesperados, mas enfatizou que esses “têm sido limitados até o momento”, sugerindo que a instituição não tem planos de elevar a taxa de depósito, atualmente em -0,40%, no curto prazo.
Draghi, que falou durante evento do Banco da Espanha, em Madri, afirmou que a “avaliação atual dos efeitos colaterais” mostra que não há motivo para o BCE desviar da política de agressivos estímulos monetários que tem implementado.
Segundo Draghi, o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), pelo qual o BCE pretende comprar 60 bilhões de euros em bônus mensalmente até pelo menos o fim do ano, pode ter mais efeitos colaterais do que juros negativos.
Em discurso, Draghi também reiterou que a zona do euro vem apresentando uma recuperação econômica cada vez mais sólida, mas que as pressões de inflação subjacente – que exclui preços de energia e de alimentos – permanecem “contidas”. Fonte: Dow Jones Newswires.