A Pfizer, fabricante do Viagra, e a Allergan, que produz o Botox, afirmaram nesta segunda-­feira que realizarão uma fusão, em um chamado acordo de investimento de cerca de US$ 155 bilhões. O negócio criará a maior farmacêutica do mundo em vendas.

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A fusão também mudará um dos principais nomes das corporações dos Estados Unidos para um país estrangeiro. Acordos como esse permitem que uma companhia norte­americana se mude para o exterior e com isso pague impostos menores em outro país.

As iniciativas do tipo permanecem populares, mesmo diante de esforços dos EUA para contê­las. Para ajudar a garantir impostos mais baixos, o acordo será estruturado tecnicamente como uma fusão reversa, com a Allergan, sediada em Dublin, que é menor, comprando a Pfizer, sediada em Nova York.

As empresas disseram que a nova companhia terá o nome de Pfizer PLC e será negociada na bolsa sob o símbolo PFE, símbolo usado atualmente pela Pfizer na New York Stock Exchange (Nyse). Pelos termos do acordo, as companhias trocarão 11,3 ações da Pfizer por cada ação da Allergan.

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O negócio envolve ainda entre US$ 6 bilhões e US$ 12 bilhões em dinheiro. O executivo­chefe da Pfizer, Ian Read, liderará a companhia resultante, com o executivo­chefe da Allergan, Brent Saunders, assumindo a função de diretor de operações. Read é um crítico dos impostos cobrados às companhias norte­americanas, que segundo ele colocam essas empresas em desvantagem ante rivais de outros países.

A taxa de impostos da Pfizer está em 25%, a maior entre as principais do setor, segundo a Evercore ISI. Com o negócio com a Allergan, a Pfizer reduzirá essa taxa para abaixo de 20%, estimam analistas. A Allergan paga cerca de 15% atualmente. O Departamento do Tesouro divulgou na semana passada novas regras para evitar esses acordos de investimento com o objetivo de reduzir o pagamento de impostos.

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Analistas disseram que as regras não parecem ser capazes de conter a fusão da Pfizer e da Allergan, ainda que exista um risco de uma ação do governo dos EUA para impedir o negócio. Para o acordo ir adiante, as empresas necessitarão de aprovação de reguladores antitruste pelo mundo.