Donas de casa querem negociar preços dos alimentos

As integrantes da Associação das Donas de Casa de Curitiba e Região Metropolitana percorrem hoje sete supermercados da capital para coletar preços de 50 produtos que tiveram aumentos considerados abusivos nos últimos dois meses. O objetivo do levantamento é subsidiar as negociações com a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) visando o congelamento dos preços desses itens pelo período mínimo de um mês. Uma reunião entre as duas entidades está marcada para segunda-feira, às 18h30, na sede da Apras.

Para calcular as variações de preços a associação vai comparar os preços encontrados hoje nas redes Condor, Superpão, Extra, Carrefour, Big, Mercadorama e Pão de Açúcar com as planilhas de outubro e novembro fornecidas pela Secretaria Municipal de Abastecimento. Pelas informações já disponíveis, os maiores aumentos ocorreram com: pão francês, trigo, arroz, feijão, macarrão e óleo de soja. “O pessoal está reclamando muito desses produtos que são usados no dia-a-dia”, comenta a presidente da associação, Vera Lúcia Bartez. “Queremos a reunião para chegar a um bom senso. Se as redes que vendem mais não puderem negociar, vamos tentar com os pequenos”, afirma a coordenadora do movimento. “Em Bagé, no Rio Grande do Sul, as donas de casa conseguiram que um supermercado mantivesse em dezembro os preços de novembro”, cita Vera. A lista de produtos inclui alimentos, bebidas, produtos de limpeza e higiene pessoal.

Em nota distribuída à imprensa, a Apras ressalta que não tem informações precisas sobre as propostas da Associação das Donas de Casa, mas se colocou à disposição delas, marcando uma reunião de esclarecimento. “É importante salientar que durante o Plano Real, os supermercados de todo o Brasil sempre tomaram a iniciativa de reter os índices inflacionários. E, neste momento de instabilidade econômica, o setor continuará negociando com os fornecedores para que os consumidores possam adquirir produtos com preços justos”, diz a nota.

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