Dólar volta para R$ 2,42

O dólar comercial teve um dia de forte volatilidade. O mercado foi movimentado pelas notícias sobre a economia americana e em meio a fortes boatos sobre o cenário doméstico. A taxa de câmbio abriu a R$ 2,41 mas manteve-se durante toda a manhã em suas cotações mínimas, a R$ 2,39. No meio da tarde, contudo, ?tomou fôlego? e subiu para os R$ 2,427 para venda, em alta de 0,49%. No acumulado da semana, a moeda americana subiu 1,80%.

Pela manhã, as notícias de um mercado de trabalho americano mais desaquecido do que o esperado derrubaram as cotações. Sem pressões inflacionárias, os investidores avaliaram que a taxa de juros local não teria motivo para subir.

Para o câmbio nacional, significa que mantém-se a distância entre os juros americanos e brasileiros que anima os investidores no exterior a aplicarem recursos em ativos domésticos.

Os juros altos também estimulam a especulação por aqui, com instituições financeiras trazendo recursos do exterior para aplicarem no mercado financeiro local, notam profissionais das corretoras.

Na contramão desse movimento, o governo voltou a sinalizar que pode intervir no mercado, após meses de ausência. Desta vez, a deixa foi do diretor de Política Monetária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, que sinalizou o retorno do BC às compras.

Já na terça-feira, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Rodrigo Azevedo, tinha afirmado que o banco voltaria a recompor suas reservas no mercado de câmbio ?quando as condições forem as mais adequadas?.

Corretores afirmaram que bancos rapidamente atuaram no mercado para sair de posições ?vendidas?, isto é, desfizeram-se de contratos futuros em que interessa a baixa da moeda.

Outros profissionais de câmbio ainda mencionaram a preocupação com uma possível saída do presidente do BC, Henrique Meirelles, por conta das investigações do Supremo Tribunal Federal. 

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