O dólar comercial terminou o dia, ontem, em baixa de 1,31%, vendido a R$ 3,163. À série de boas notícias que foram responsáveis pelo otimismo do mercado nos últimos dias somou-se o superávit da balança comercial na segunda semana de abril: de US$ 461 milhões.

Cada notícia sobre a economia brasileira é observada com muita atenção pelo mercado financeiro, que tenta identificar uma tendência para o câmbio no médio prazo. Assim, todas as atenções se voltam para a divulgação, hoje, da segunda prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) do mês de abril, elaborado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Outro fator que pesou nas cotações da moeda norte-americana foi o bom humor dos mercados financeiros internacionais. Os resultados positivos de empresas relativos ao primeiro trimestre do ano, como o da Vivendi Universal, o do Citigroup e o do Bank of America animaram os investidores, e dessa forma as principais Bolsas européias, bem como a de Nova York, tiveram fortes altas.

Risco Brasil

A perspectiva de entradas de recursos no país, provenientes de captações feitas por bancos e empresas no exterior, e o avanço das tropas anglo-americanas na cidade de Tikrit, considerada reduto de Saddam Hussein, estão alimentando o apetite dos investidores estrangeiros por ativos brasileiros.

Com isso, o risco Brasil, principal termômetro do sentimento dos estrangeiros em relação ao país, registrou queda, ontem, de 2,5%, para 895 pontos básicos, menor patamar desde 3 de maio do ano passado, quando estava em 885 pontos.

O C-Bond, principal títulos da dívida soberana do país, sobe 1,20%, para 84,50% do seu valor de face.

Segundo analistas, o risco-país caminha para os 700 pontos básicos. Esse patamar, na avaliação de profissionais do mercado, deve ser atingido ainda nesse semestre.

A expectativa de avanço das reformas estruturais, como a tributária e previdenciária, também ajudam a aumentar a credibilidade em relação ao Brasil. O governo pretende mandar ainda este mês os textos das reformas ao Congresso.

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