O dólar começou maio em queda. A moeda fechou ontem com baixa de 0,71%, vendida a R$ 2,511, menor cotação desde 21 de maio de 2002, quando fechou a R$ 2,482. As entradas de recursos no País por meio das exportações, a ausência do Banco Central no câmbio e o cenário relativamente tranqüilo no exterior ajudam a manter a moeda norte-americana em baixa.
No cenário externo, destaque para o fato de o preço do barril do petróleo ter se estabilizado em torno de US$ 50. Há pouco mais de um mês, relatório do banco de investimentos Goldman Sachs, apontando que o barril do produto poderia chegar a US$ 105, causou estresse nos mercados.
Além disso, o Fed (Federal Reserve, BC dos EUA), em sua decisão que será divulgada hoje, deve manter o gradualismo no aumento dos juros norte-americanos – atualmente em 2,75% ao ano – devido ao crescimento fraco da economia dos EUA. O mercado espera uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa norte-americana.
Também não há vislumbre de mudanças bruscas no ambiente doméstico no curto prazo. Entretanto, a partir do segundo semestre os ânimos no âmbito político devem se esquentar, com a oposição fazendo mais pressão sobre o governo Lula, por conta das eleições de 2006.