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O Banco Central voltou a atuar no câmbio ontem. O resultado foi uma alta de 1,02% na cotação do dólar, que fechou a R$ 2,747 na venda. É o segundo dia consecutivo que a instituição atua no mercado, após cerca de dez meses de jejum. A última atuação do banco teria ocorrido em fevereiro.

A reação do mercado de câmbio à atuação do Banco Central foi bem mais expressiva do que anteontem. Isso porque a autoridade monetária, além de entrar no mercado com o dólar mais alto, teria comprado mais divisas. Analistas estimam que o BC teria adquirido ontem entre US$ 50 milhões e US$ 100 milhões, contra cerca de apenas US$ 5 milhões no leilão de segunda-feira.

O Banco Central informou que comprou dólares ontem pela cotação de até R$ 2,722. No leilão de anteontem, a instituição aceitou pagar até R$ 2,715 pela moeda americana.

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A atuação de anteontem provocou alta de apenas 0,36% no dólar, que fechou cotado a R$ 2,719.

"A partir de agora, o mercado não deve deixar mais a moeda cair tanto, pois deixar cair significa venda e ser surpreendido pelo BC", disse o analista da corretora Souza Barros, Carlos Alberto Abdalla.

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Anteontem, porém, o presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que a iniciativa do BC não tem caráter intervencionista nem a intenção de formar um piso para o dólar, mas aproveitar o bom momento para reforçar as reservas internacionais.

Zeragem

"A alta é gerada por um movimento de zeragem de posições vendidas dos bancos. O BC hoje (ontem) comprou mais dólares e pagou mais caro pelos recursos, o que levou os bancos a se reposicionarem. A pressão não é maior porque os exportadores venderam bastante, e o dia inteiro", disse um gerente de mesa de um banco nacional.

O BC comprou dólares de 12 bancos credenciados (??dealers??), em uma operação estimada entre US$ 60 milhões e US$ 90 milhões. Na véspera, o BC teria adquirido perto de US$ 10 milhões, por até R$ 2,715.

Risco

No mercado de títulos da dívida, os papéis operaram em alta e o risco-País recuou. O C-Bond teve valorização de 0,12%, cotado a 101,37% do seu valor de face. O risco-Brasil recuava no final da tarde 2,42%, aos 402 pontos-base.