O dólar abriu em alta de 0,05%, a R$ 1,8210, mas a tendência continua de queda. Ontem, o dólar no balcão fechou em R$ 1,820, no nível do piso informal. “Não tenho dúvida de que o mercado está chamando o Banco Central para a briga. A tendência da moeda norte-americana continua sendo de baixa no mercado doméstico. Só medidas realmente estruturais poderiam inverter esta tendência. O restante é paliativo”, afirmou um operador, aguardando novas compras do BC, ante a última no mercado à vista realizada no dia 3.

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Hoje os investidores europeus retornaram do feriado ainda reagindo aos dados frustrantes do mercado de trabalho dos Estados Unidos em março, aos dados de inflação na China e, também, aos de comércio chineses (este último divulgado na madrugada). O tom de cautela prevalece com a Espanha também como fator de preocupação. O país reafirmou o comprometimento com as medidas de austeridade, mas os agentes de mercado demonstram ceticismo sobre a execução dos cortes. Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em baixa, diante da decisão do Banco do Japão (BoJ) de manter inalteradas tanto taxa de juro quanto medidas de relaxamento.

A China divulgou alargamento do superávit comercial maior do que o esperado em março, alimentando temores sobre o ritmo da desaceleração no país. No mês passado, a China apresentou superávit de US$ 5,35 bilhões ante déficit de US$ 31,48 bilhões em fevereiro, sendo o enfraquecimento das importações a principal razão para a mudança na trajetória. Tanto exportações quanto importações caíram para um dígito no período.

A Bolsa de Milão chegou a cair mais de 2% com temor de contágio pelos problemas financeiros da Espanha. A taxa de retorno aos investidores (yield) dos bônus de 10 anos do país atingiu nova máxima ao bater 5,83%, nível mais elevado desde dezembro. Também no início da manhã, o spread dos swaps de default de crédito (CDS) de cinco anos do país subiram para 478 pontos-base, se aproximando do recorde de 487 pontos-base atingido em 23 de novembro do ano passado. Ontem, o governo da Espanha anunciou planos de corte de mais de 10 bilhões de euros nas áreas de saúde e educação, mas o mercado mostra ceticismo sobre a execução.

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