O dólar registrou ontem a nona queda consecutiva ao fechar com baixa de 0,91%, a R$ 2,604, menor cotação desde 28 de fevereiro deste ano (R$ 2,589). Durante o dia, a moeda chegou a romper a barreira dos R$ 2,60, ao ser negociada a R$ 2,595.
O fluxo positivo da moeda no mercado – principalmente por conta do bom desempenho da balança comercial – e a ausência do Banco Central no câmbio continuam sustentando a queda do dólar em relação ao real.
Há três semanas o BC não compra divisas. Na avaliação do analista da corretora Novação, Mário Battistel, a ausência da autoridade monetária no câmbio pode estar relacionada ao aumento da inflação.
O índice da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP), divulgado na terça-feira, mostrou que a inflação de São Paulo subiu para 0,79% em março – contra 0,36% em fevereiro -, atingindo a maior taxa para um mês de março em 10 anos.
A inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), avançou para 0,99% no mês passado, bem acima do 0,40% de fevereiro.
A alta do dólar poderia ser um fator a mais de pressão na inflação, já que a cotação da divisa influencia os custos das empresas e os preços das commodities.
Também colabora com a queda da moeda norte-americana o cenário externo razoavelmente tranqüilo.