Aversão ao risco volta a prevalecer no exterior e o investidor busca proteção em moedas fortes, como iene, franco suíço e o dólar em detrimento das Bolsas, que ampliaram perdas na Europa e em Nova York há pouco. No mercado local, a moeda americana já abriu com alta firme e cotado a R$ 4,00 no contrato futuro de setembro, após as quedas de ontem.

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O ajuste de alta está alinhado ao desempenho positivo do dólar frente outras divisas emergentes ligadas a commodities, após a desaceleração maior que a esperada da atividade econômica na China, Alemanha e zona do euro como um todo. A inversão da curva de juros americana e no Reino Unido, que sinaliza recessão, adiciona tensão.

No Brasil, a perspectiva de votação em segundo turno da reforma da Previdência apenas no começo de outubro pode ser minimizada nas mesas de operação, uma vez que a aprovação do texto é dada como certa pelos agentes do mercado financeiro. Hoje, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado reúne-se para analisar requerimento de audiências públicas sobre a reforma da Previdência.

A tendência é de os operadores ressaltarem a aprovação, ontem à noite, do texto-base da Medida Provisória da Liberdade Econômica por 345 votos a favor e 76 contra. Os destaques, mudanças no texto que poderão ser apresentadas por deputados, serão votados hoje.

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No radar ficam ainda os dados do fluxo cambial do mês de julho, com a posição dos bancos no mês, posição das reservas e o Índice de Commodities (IC-Br), às 14h30.

Ontem, a notícia de que a Casa Branca vai adiar o início da cobrança de tarifas sobre determinados produtos chineses para dezembro trouxe alívio ao dólar, que caiu da máxima de R$ 4,01 para R$ 3,94 na mínima. No fechamento, o dólar à vista exibia queda de 0,39%, a R$ 3,9678.

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No mercado à vista, às 9h21, o dólar subia 0,73%, aos R$ 3,9972. O dólar futuro para setembro avançava 0,88%, aos R$ 4,0025.