Dólar subiu 24,92% em setembro

Os ativos considerados reais, como ouro e dólar, dispararam no último mês antes do primeiro turno das eleições presidenciais. O investimento mais rentável em setembro foi o dólar comercial, com valorização de 24,92%, seguido pelo ouro, com 20,97%, e pelo dólar paralelo, com 20 23%. Todos ganharam com folgada margem da inflação de 2,40% em setembro apontada pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). No ano, a liderança é do ouro, com rentabilidade de 74 42%, seguido pelo dólar comercial, com 62,35%, e pelo paralelo, com 41,04%.

O pior investimento em setembro foi a Bolsa de São Paulo  que acumulou desvalorização de 16,95%, a maior baixa desde setembro do ano passado, quando os atentados terroristas contra os Estados Unidos empurraram a Bolsa paulista para uma perda de 17,51% naquele mês. A queda de 16,95% ampliou a desvalorização da Bolsa no ano para 36,50%.

No intervalo entre a dupla ouro-dólar no topo e as ações na rabeira, ficaram as aplicações de renda fixa. A liderança, aqui, coube aos fundos DI, com 1,28% líquido, acompanhados pelos CDBs para valores acima de R$ 100 mil e pelos fundos DI, ambos com 1,15%. Mas todos perderam da inflação de 2,40% do IGP-M.

A escalada de ouro e do dólar foi alimentada por um punhado de incertezas internas e externas. Domesticamente, o gás para a alta veio da ansiedade com as eleições, por causa da persistente ascensão do candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, e da incapacidade de reação do governista José Serra. O estresse no mercado de dólar foi reforçado ainda pelo vencimento concentrado de títulos cambiais, remunerados pela variação do dólar, em setembro.

Pelo lado externo, a fonte de alta do câmbio veio do temor de possível confronto militar entre os Estados Unidos e o Iraque e, ainda, da insegurança com a economia dos EUA. Esse conjunto bem balanceado formado pela combinação de incertezas externas e domésticas esvaziou o pregão e fez a Bolsa paulista despencar ao nível mais baixo, em pontos, desde fevereiro de 1999, mês seguinte ao da desvalorização do real e adoção do regime de flutuação cambial.

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