O dólar opera em alta no mercado doméstico na manhã desta segunda-feira, 7. A correção é determinada pela valorização da moeda norte-americana registrada no exterior em relação a divisas emergentes ligadas a commodities em meio a dúvidas sobre o desfecho das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, que serão retomadas na quinta-feira. Além disso, no Brasil, há desconfiança de que a votação do segundo turno da reforma da Previdência no Senado poderá ficar para a semana que vem ou depois.

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Uma comitiva de parlamentares da Câmara e do Senado, incluindo os seus presidentes Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, viaja nesta quinta-feira, 10, para Roma para a cerimônia de canonização da Irmã Dulce, no dia 13 de outubro, no Vaticano, com retorno marcado para segunda-feira, 14.

Antes disso, Maia (DEM-RJ) e Alcolumbre (DEM-AP) articulam uma reunião com todos os governadores para tentar acertar a divisão dos recursos do petróleo da cessão onerosa. O governo defende dividir os R$ 106,5 bilhões previstos do bônus da assinatura do leilão da seguinte forma: depois do pagamento de R$ 33,6 bilhões à Petrobras, Estados, municípios e parlamentares ficariam, cada um, com 10%, o que corresponde a R$ 7,3 bilhões.

O Rio teria R$ 2,19 bilhões e, a União, a fatia maior de R$ 48,9 bilhões. Maia já afirmou ao presidente Jair Bolsonaro que a proposta da equipe econômica não tem chance de passar no Congresso e defendeu a manutenção dos 15% para cada ente.

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Ainda sobre o pré-sal, parlamentares também querem usar a arrecadação com o leilão para destravar a reforma tributária. A ideia é criar um fundo de desenvolvimento regional, a ser abastecido com recursos futuros do pré-sal, para compensar os governadores pelo fim dos incentivos usados pelos Estados menos desenvolvidos para atrair as empresas.

A expectativa é de que a maioria dos recursos do megaleilão do pré-sal virá do exterior. Ao todo, 14 empresas foram habilitadas a participar, incluindo a francesa Total, a holandesa Shell, a americana ExxonMobil e a Petronas, da Malásia. Essa possibilidade ajudou a apoiar a firme queda acumulada pelo dólar ante o real na semana passada – de -2,38%, para R$ 4,0563 na última sexta ante R$ 4,1552 do fechamento no dia 4 de outubro. E também estaria limitando hoje o ajuste de alta do dólar ante o real, segundo um operador de uma corretora.

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Na agenda da semana são esperados ainda o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, na quarta-feira, as vendas no varejo de agosto, na quinta-feira, e a pesquisa de serviços, na sexta.

No exterior, o clima é de cautela, com dólar em alta ante a maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities antes do encontro de dois dias de autoridades de alto escalão de EUA e China para retomar negociações comerciais de dois dias, começando na quinta-feira.

Nesta segunda-feira, o vice-premiê chinês Liu He, que liderará a delegação de Pequim nas discussões em Washington, afirmou dignitários que sua oferta para os EUA não incluirá compromissos de reformar a política industrial chinesa ou subsídios do governo, dois pontos que têm sido alvos de reclamações da Casa Branca. No próximo dia 15, está programado um novo aumento de tarifas dos EUA sobre US$ 250 bilhões em produtos da China, de 25% para 30%.

No mercado de câmbio, às 9h31, o dólar subia 0,20%, aos R$ 4,0643. O dólar futuro de novembro estava em alta de 0,18%, a R$ 4,0715.