O dólar voltou nesta terça-feira (28) a registrar cotação de fechamento superior a R$ 2, pela primeira vez desde quarta-feira. O dólar comercial, negociado no mercado interbancário, subiu 2,67%, para R$ 2,003. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista também terminou o dia com taxa de R$ 2,003, em alta de 2,72%.
As cotações renovaram a máxima várias vezes após a divulgação da ata da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) realizada em 7 de agosto, pressionadas pela reação ruim ao documento dos mercados em Nova York. O mercado de ações em Wall Street ampliou as perdas, enquanto os juros projetados pelos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) recuaram, após o anúncio do documento do Fed.
"Uma deterioração adicional nas condições financeiras não pode ser descartada", diz a ata, acrescentando que isso "pode requerer uma resposta da política monetária", caso o crescimento da economia seja afetado. Mas, como a extensão da fragilidade dos mercados não era conhecida por ocasião da reunião de 7 de agosto, os participantes consideraram que a inflação ainda era sua preocupação "predominante", embora tenham reconhecido que a debilidade do mercado de moradias "poderá ser mais profunda e prolongada" do que se previa.
Isso foi levado em conta na redução da projeção do crescimento do PIB dos EUA em 2007 e 2008 pelos técnicos do Fed; eles também rebaixaram suas projeções para o crescimento da produtividade, indicando que mesmo que a economia se desacelere, isso poderá não pressionar muito a inflação para baixo.
Às 16h30 (de Brasília), o índice nova-iorquino Dow Jones caía 1 59%, o Nasdaq recuava 1,84% e o S&P-500 registrava uma queda de 1,85%. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, perdia 2,75%.
