Depois de despencar quase 2%, fechando abaixo do nível de R$ 1,80 pela primeira vez desde julho de 2000, o dólar abriu os negócios em leve alta (0,17%) no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), cotado a R$ 1,789. No mercado interbancário de câmbio, até as 9h50, não foi registrado nenhum contrato de dólar comercial.

continua após a publicidade

A forte queda de quinta foi uma resposta do mercado de câmbio à decisão de política monetária, do Banco Central, de manter a taxa Selic estável em 11,25% ao ano pela primeira vez depois de dois anos de quedas consecutivas dos juros básicos. Na prática, ao não reduzir os juros, o País atrai mais dólares. Para os grandes investidores, isso representa ganhos por um tempo maior nas aplicações em real, o que beneficia a arbitragem entre o dólar e a moeda nacional, principalmente num momento em que as apostas majoritárias são de novo corte na taxa de juros dos EUA.

Os investidores devem voltar a olhar para o cenário externo hoje. Mas, por enquanto, o que se vê lá fora é um dia sem definição, com algumas bolsas mostrando ganhos e outras no terreno negativo. No mercado de moedas, o comportamento, até o momento, conspira a favor da continuidade do cenário de queda visto ontem por aqui, mas também há possibilidades de alterações nesse ambiente. Apoiado nas preocupações com o crescimento da economia dos EUA, o euro bateu novo recorde ante a moeda norte-americana, negociado acima de US$ 1,43.

continua após a publicidade