Dólar se recupera e anula queda ocorrida no mês

O dólar comercial acumulou ontem sua segunda alta consecutiva, mas fechou bem abaixo da máxima do dia, R$ 3,67, graças à notícia de que o Iraque aceitou a resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) que determina a entrada de inspetores de armas no país. Assim, a moeda encerrou o dia cotada a R$ 3,63 para venda e R$ 3,625 para compra, uma alta moderada de 0,55%. Com essa cotação, o dólar anula a queda que acumulava no mês até anteontem. O risco Brasil também cedeu e reverteu a alta para uma queda de 0,11%, operando a 1.812 pontos.

O volume de negócios, baixo na primeira etapa de operações, se normalizou durante a tarde. A dívida e a pressão sobre a Ptax (taxa que reembolsa os pagamentos) alimentaram a alta da cotação ontem. O BC tentou alongar mais uma parcela do vencimento pela manhã, mas o mercado pediu taxas de remuneração muito altas para aceitar a operação e o BC recusou todas as propostas. O vencimento de hoje é composto tanto por “swap cambial” (US$ 600 milhões), contratos ao fim dos quais o investidor recebe do BC a diferença entre a variação dos juros e a variação cambial mais uma taxa de remuneração, como por títulos do governo atrelados ao dólar (US$ 1,3 bilhão), que são resgatados integralmente e pagam também a variação cambial. Ou seja: quanto maior essa variação, melhor para o investidor.

Além disso, segundo Marco Antonio Azevedo, gerente de câmbio do Banco Brascan, existe ainda demanda no mercado por dólares à vista para saldar dívida e por contratos futuros, por parte de investidores que preferem trocar seu “hedge” (proteção cambial) em contratos com o BC por contratos na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros).

A pressão compradora só diminuiu quando a imprensa noticiou a decisão do Iraque de aceitar a resolução da ONU que determina a entrada de inspetores de armas de destruição de massa no país, reduzindo as chances de uma intervenção militar norte-americana, o que pode provocar uma crise dos preços do petróleo com graves consequências sobre a economia mundial.

Bolsa

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou ontem com 9.763 pontos, volume financeiro de R$ 433 milhões, 0,44% de alta.

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