O dólar opera em alta no mercado doméstico e também se fortaleceu no exterior nesta sexta-feira, 23, ante outras divisas emergentes em meio a uma piora dos índices futuros das bolsas de Nova York, reagindo à informação da mídia estrangeira de que a China vai impor tarifas retaliatórias a mais US$ 75 bilhões em produtos dos EUA. Além disso, prossegue um persistente pano de fundo de cautela que antecede o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, no fim da manhã (11h00).
A expectativa global é de que Powell possa trazer alguma sinalização forte sobre a condução da política monetária americana. O mercado também fará a leitura dos dados de emprego do Caged (10h30), que tende a ficar em segundo plano.
Uma terceira rodada de leilões conjugados de venda à vista de US$ 550 milhões, oferta de swap reverso e, se for necessário, venda de swap cambial tradicional deve ser monitorada, mas não é certo hoje que apoie algum alívio pontual, como ocorreu ontem, diante da aversão ao risco no exterior.
Além de Jackson Hole, o mercado monitora no fim de semana o encontro da cúpula do G7, em Biarritz, na França, que começa amanhã, e que deve ter como um dos temas para discussão as queimadas na Amazônia. Ontem, o presidente francês, Emmanuel Macron, falou em “crise internacional” a ser discutida pelo G-7, o grupo das nações mais ricas. Bolsonaro rebateu, dizendo que a sugestão “evoca mentalidade descabida no século 21” e ressaltou que o governo já está tratando do “crime” que ocorre na área.
Às 9h23, o dólar à vista subia 0,32%, aos R$ 4,0914. O dólar futuro para setembro avançava 0,55%, aos R$ 4,0940.