A interrupção de ganhos nas bolsas de valores durou um pregão e os investidores retomaram o apetite por compras. O rali teve início na Ásia, onde vários mercados registraram recordes e segue na Europa e nos índices futuros dos EUA.

continua após a publicidade

No mercado internacional de moedas, operações especulativas de "carregamento", usadas para o financiamento de toda essa movimentação, pressionam o iene para baixo e beneficiam o euro e o dólar. Para o mercado doméstico de câmbio, o resumo de tudo isso é a constatação, a cada dia que passa, de que o pico da crise do crédito internacional ficou para trás e o apetite por risco voltou a crescer. Isso representa retomada da valorização do real.

Na abertura do pregão viva-voz na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) esta manhã, o dólar rompeu o "piso psicológico" de R$ 1 80 e teve o primeiro contrato de liquidação à vista fechado a R$ 1,785, em queda de 1,03% em relação ao final da quarta-feira. Desde o começo do mês, o dólar já acumula baixa de 2,67%.

O Banco Central também voltou a intervir no mercado, com intervenções diárias de compra de dólares no mercado à vista desde segunda-feira. Recuperou-se, assim, o cenário anterior às recentes turbulências internacionais. A perspectiva é de que as entradas de recursos no Brasil continuarão fortes.

continua após a publicidade

Nesta quinta, por exemplo, realiza-se a oferta pública de aquisição (OPA) de ações preferenciais da Telemar na Bolsa de Valores de São Paulo que, segundo especialistas, é uma das operações que trará dólares ao País. A expectativa de nova atuação da autoridade monetária no mercado de câmbio é o único fator, no momento, pesando a favor do comedimento da queda das cotações do dólar.