O dólar recua na manhã desta sexta-feira, 6, acompanhando a queda predominante da moeda americana no exterior em relação a outras divisas emergentes em meio a expectativas sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Mais cedo, a divisa americana registrou uma alta pontual no mercado doméstico, em ajuste após ter recuado nas quatro sessões anteriores, para fechar na quinta-feira (5) em R$ 4,1882 – menor cotação desde o dia 13 de novembro.
O soluço de alta da moeda americana ocorreu em meio à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, que subiu 0,51% – maior para o mês desde 2015 (+1,01%) e superior ao aumento de 0,10% em outubro. Contudo, está predominando a influência de baixa vinda do exterior em meio a expectativas sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O governo chinês informou que irá isentar de tarifas de parte da soja, da carne de porco e de outras commodities importadas dos EUA. Além disso, os agentes de câmbio mantêm otimismo com a recuperação gradual da economia interna.
O resultado do IPCA ficou acima também da mediana das estimativas, de 0,47%, e dentro do intervalo captados pelo Projeções Broadcast (de 0,19% a 0,58%). A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 3,12%. O IPCA em 12 meses ficou em 3,27%, dentro das projeções dos analistas, que iam de 2,95% a 3,34%, mas acima da mediana de 3,23%.
Às 9h57 desta sexta, o dólar à vista caía 0,09%, a R$ 4,1845. Na máxima, subiu a R$ 4,1915 (+0,08%). O dólar para janeiro de 2020 recuava 0,05%, a R$ 4,1880.
Além do IPCA, o IBGE informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve elevação de 0,54% em novembro, após aumento de 0,04% em outubro. A taxa de novembro foi a maior para o mês desde 2015. Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 3,22% no ano de 2019, além de avanço de 3,37% em 12 meses. Em novembro de 2018, o INPC tinha sido de -0,25%.
Já o Índice Nacional da Construção Civil (INCC/Sinapi) subiu 0,11% em novembro, após uma elevação de 0,19% em outubro, revelou o IBGE. No ano de 2019, o índice acumulado ficou em 3,80%. A taxa acumulada em 12 meses foi de 4,03%.