O dólar recuou em relação ao real pelo quarto dia seguido e fechou a R$ 1,834, a menor cotação em sete anos, desde 13 de setembro de 2000. A queda nesta sexta-feira (28) foi de 0,49%, tanto no mercado interbancário (dólar comercial) quanto no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (dólar negociado à vista).
Com o resultado, a moeda norte-americana acumulou ante o real em setembro baixa de 6,57% e, no ano, de 14,14%. A moeda encerra o terceiro trimestre do ano devolvendo toda a pressão registrada em agosto – o patamar de fechamento mais alto foi de R$ 2,095, na BM&F, em 16 de agosto – por causa do contágio no mercado de crédito pelos problemas no setor imobiliário de alto risco nos Estados Unidos.
Apesar de as bolsas de valores na Europa e nos Estados Unidos operarem hoje em baixa, o que é seguido pela Bovespa, o dólar passou o dia todo em queda. A moeda foi influenciada pelo recuo do dólar em relação ao euro e, especialmente, pelo interesse de parte dos investidores do mercado de dólar futuro em enfraquecer a ptax (taxa média) de fim de mês, formada hoje. A ptax será usada na segunda-feira para o vencimento dos contratos de dólar de outubro. Os investidores que mantinham em carteira contratos de dólar outubro com cotações mais baixas trabalharam hoje pela queda do dólar. Esses investidores apostaram na queda das cotações e otimizam seus ganhos com o recuo dos preços.