Dólar quebra seqüência de baixas

Depois de três baixas consecutivas, o dólar comercial voltou a subir ontem. A moeda norte-americana terminou a sexta-feira com valorização de 0,66%, vendida a R$ 2,879. O clima extremamente otimista do mecado financeiro nos últimos dias, reforçado pela aprovação anteontem da proposta de Reforma da Previdência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Câmara), se mantém.

A alta registrada ontem teve um grande motivo: uma (grande) compra feita pelo Banco do Brasil, segundo operadores do mercado. Especulou-se que o BB agia em nome do Tesouro Nacional, para segurar um pouco as cotações, que acumulam queda de 16,53% desde abril e têm perspectiva de cair ainda mais com novas captações de empresas brasileiras no exterior.

Aproveitando o preço relativamente baixo do dólar, outros bancos e empresas importadores seguiram os passos do BB e passaram a comprar também. Por isso, o volume de negócios foi superior ao usual das sextas-feiras.

As recentes baixas do risco-país ajudam as companhias nacionais a obter recursos lá fora a custos menores. Ontem o BankBoston lançou uma operação para captar US$ 50 milhões em eurobônus, o banco Safra também anunciou uma captação de US$ 75 milhões e a Telesp Celular Participações, uma de até US$ 150 milhões.

O risco recuou 2,68% em apenas um dia e bateu em 726 pontos. O C-Bond atingiu nova cotação recorde, vendido a 91,938% do valor de face com os rumores sobre uma nova emissão soberana do Brasil.

A operação consiste em uma emissão de títulos da dívida externa do país. De acordo com algumas fontes, é possível que o governo aceite C-Bonds como parte do pagamento ?o que explica a forte alta desses títulos.

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