O dólar comercial no mercado interbancário e negociado à vista no pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) permaneceram em baixa nesta segunda-feira (3) desde o início do dia, em razão de poucos negócios no mercado doméstico por causa do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. As negociações na BM&F encerraram com a cotação de R$ 1,9545 por dólar, em queda de 0,43%. O giro total à vista somava apenas cerca de US$ 304 milhões, sendo US$ 289 milhões em liquidação financeira na quarta-feira. No mercado interbancário, o dólar fechou a R$ 1,954, baixa de 0,46%.
O desempenho positivo das Bolsas da China, que bateram novos recordes de pontuação embaladas pela alta das ações de empresas aéreas, o fechamento em alta dos principais mercados acionários na Europa e o posicionamento em terreno positivo da Bolsa paulista esta tarde (o Ibovespa subia 0,38%, aos 54.842 pontos, às 16h37) favoreceram o novo recuo do dólar. O feriado nos EUA permitiu um dia calmo de negócios, após os firmes ganhos das Bolsas em Nova York e São Paulo na sexta-feira decorrentes do ânimo dado ao mercado pelo presidente George W. Bush, através do anúncio de socorro com refinanciamentos para mutuários inadimplentes, e pelo presidente do banco central americano (Fed), Ben Bernanke, dizendo que o Fed está pronto para agir se houver necessidade.
Com a falta de referência de Wall Street, os investidores reduziram o ritmo de negócios nesta segunda-feira. Até porque é grande a expectativa pela agenda de indicadores e eventos dos próximos dias. No Brasil, o destaque será a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que começa amanhã e termina na quarta-feira. A maioria dos economistas e analistas espera um corte de 0,25 ponto da taxa Selic, para 11,25% ao ano. Amanhã, o IBGE divulga o dado de produção industrial brasileira em julho.
Internamente, o fluxo cambial foi bem fraco, mas foram bem recebidas nas mesas de câmbio as informações sobre a balança comercial de agosto. O superávit da balança comercial em agosto de US$ 3,535 bilhões ficou 22,37% abaixo do superávit de agosto de 2006, de US$ 4,554 bilhões, mas superou as expectativas de 13 instituições consultadas pela Agência Estado, que previam um resultado entre US$ 2,8 bilhões a US$ 3,5 bilhões.
