O dólar abriu com leve baixa nesta terça-feira, 7, na contramão da tendência internacional, mas virou para o positivo por volta das 9h40, passando a registrar leve indicação de alta. Segundo estimam operadores nas mesas de câmbio, o dia de agenda fraca e expectativa de poucas notícias relevantes deve manter o dólar oscilando em intervalos não muito extensos.
As atenções nos mercados seguem concentradas nos possíveis desdobramentos da crise geopolítica aberta entre Estados Unidos e Irã, a partir da morte do general Qassim Suleimani, no Iraque, na última Sexta-feira (3). A redução do noticiário sobre o assunto favorece a recuperação dos preços do petróleo e de outros ativos de risco nesta terça, como as bolsas da Europa e os futuros das Bolsas de Nova York.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, compartilhou na sua conta pessoal no Twitter postagens de senadores americanos sobre o conflito com o Irã. Até a publicação desta matéria, contudo, o líder da Casa Branca ainda não havia feito declarações próprias na rede social sobre as tensões no Oriente Médio. Trump retuitou, por exemplo, uma postagem do senador republicano Marco Rubio que diz que não haverá ataques por parte dos EUA se não houver ataques por parte do Irã.
Às 9h41 desta terça, o dólar à vista era negociado a R$ 4,0711, na máxima do dia, em alta de 0,20%. No mercado futuro, a divisa para liquidação em fevereiro avançava 0,21%, aos R$ 4,0765. No exterior, o dia também é de alta do dólar ante moedas de países emergentes e exportadores de petróleo. No horário acima, a moeda subia ante o dólar neozelandês (+0,35%), o rand sul-africano (+0,54%) e o rublo russo (+0,27%).
No cenário doméstico, destaque na última hora para declarações do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou estar aguardando “o que haverá” após a convocação da representante do Brasil no Irã. “Temos o comércio com o Irã e vamos continuar nesse comércio”, disse o presidente.