São Paulo – O dólar paralelo desbancou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na corrida dos investimentos em janeiro. Após seis meses de consecutivas altas e retornos espetaculares, a bolsa paulista despencou e caiu para o penúltimo lugar do ranking, com queda de 1,73% no mês, na frente apenas do ouro, que caiu 1,81%. Os fundos atrelados à taxa de juros, os DI e os de Renda Fixa, ficaram em segundo lugar, com altas de 1,30% no mês.

Os CDBs também apresentaram rentabilidade superior à inflação de 0,88% registrada pelo IGP-M. O mais rentável nesta modalidade de investimento foi o papel para aplicações acima de R$ 100 mil, que fechou o mês com remuneração de 1,29%; para investimentos de até R$ 5 mil, o ganho foi de 1%. A mesma rentabilidade foi apurada nas aplicações atreladas ao dólar comercial. A tradicional caderneta de poupança teve rentabilidade positiva, de 0,63%, mas ficou bem abaixo da inflação registrada no período.

Para as próximas semanas, a tendência é a manutenção da volatilidade que chegou no mercado financeiro a partir da segunda quinzena de janeiro, com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de interromper os cortes na taxa Selic. Portanto, recomendam especialistas, a melhor alternativa é diversificar os investimentos. Para um aplicador moderado, o ideal é ter entre 10% e 15% em ativos cambiais e 15% em bolsa, apesar da reviravolta dos últimos dias, afirma o analista de investimentos Fábio Colombo. O restante, diz ele, pode ser alocado em fundos DI.

Na avaliação de Colombo, é natural que haja um ajuste no mercado acionário depois de seis meses de forte alta. Ele acredita que ainda há espaço para novas quedas na bolsa. Mas mantém as previsões positivas para o mercado no ano. Já o dólar, afirma ele, poderá se valorizar, dependendo do cenário econômico. Além disso, o Banco Central (BC) já demonstrou que não pretende deixar o real se valorizar demais perante a moeda americana. As aplicações atreladas aos juros também podem ser boas opções de investimento, pois apresentam ganhos reais atraentes, diz ele.

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