O dólar fechou em baixa. E rompeu, de novo, a barreira dos R$ 3,30 (fechou a R$ 3,29 para compra). Para venda, manteve-se a R$ 3,30, uma queda de 0,45% na comparação com as cotações registradas na quinta-feira. Na semana, a moeda americana acumula perda de 6,78%.
O sucesso dos primeiros leilões para a substituição da dívida de cerca de 1,8 bilhão de dólares que vence no próximo dia 16 foi o principal alicerce para a continuidade do otimismo. Na sua primeira rolagem de cambiais, a nova administração aliviou 74% do vencimento.
“Depois do anúncio de que o BC iria rolar 100% da dívida, foi feito um acordo. O BC vai rolar toda a dívida e o pessoal vai devolver os dólares para o mercado. Porém, o mercado está muito pequeno e nivelado… ninguém quer que o dólar caia muito mais do que isso”, resumiu Carlos Alberto Abdala, diretor da Corretora Souza Barros.
Com uma forte demanda e com taxas atrativas, o BC acabou fazendo duas operações ontem à tarde e vendeu no total US$ 1,31 bilhão em contratos de swap cambial de 4 prazos diferentes: julho e outubro deste ano, abril do ano que vem e janeiro de 2005. Após o fechamento o BC anunciou um novo leilão para continuar a rolagem do vencimento do dia 16.
Um outro fator que continua a garantir a tendência de baixa da moeda estrangeira são as crescentes notícias de captações de recursos por bancos no mercado internacional.
Ontem à tarde, os bancos Safra, Votoratim, Itaú e Unibanco, que já haviam iniciado as captações, informaram que ampliaram o montante das emissões, na esteira de Bradesco e ABN Amro. Juntas, as seis instituições captaram 875 milhões de dólares, que ingressam no País na próxima semana.