As condições de liquidez do mercado global continuam melhorando, a julgar pela postura dos bancos centrais mais importantes do planeta. Mas isso não está se traduzindo em calma para os mercados, por enquanto. Na Ásia, o dia foi de perdas acentuadas e a mesma trajetória está sendo traçada pelas bolsas européias e pelos índices futuros de Nova York. No Brasil, o dólar à vista negociado no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) abriu acima de R$ 2,00, com alta de 1,31% (R$ 2,011).
Nesta quarta-feira (15), no Japão, a autoridade monetária enxugou recursos, pelo segundo pregão consecutivo, num total de 500 bilhões de ienes. Na Europa, ainda não havia atuação no mercado aberto, pela primeira vez desde quinta-feira da semana passada. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) está fora do mercado desde anteontem, quando doou recursos pela última vez.
Uma dos fatores que ajudou a azedar o comportamento do mercado acionário japonês hoje foi a informação do Banco Mitsubishi UFJ Financial Group de que registrou perdas de cerca de 5 bilhões de ienes em produtos securitizados que podem conter hipotecas de alto risco. Na Austrália, o administrador do fundo de hedge (que investe em ativos variados) Basis Capital afirmou que as perdas no Yield Alpha Fund podem superar 80%.
Além das notícias relativas ao crédito, os investidores devem acompanhar a agenda de indicadores nos EUA. Os dados são importantes para os analistas avaliarem os fundamentos globais em meio aos problemas que afetam o crédito. Vale destacar a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de julho.