O dólar à vista negociado no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) abriu em baixa de 0,47%, cotado a R$ 1,9185. Porém, o rumo da cotação da moeda norte-americana em relação ao real só será definido às 9h30, quando saem dados relevantes da economia norte-americana ao mesmo tempo em que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, inicia sua fala sobre "o canal de crédito da política monetária do século 21", durante uma conferência.

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Depois de ajuste forte de alta que acompanhou a elevação das taxas de juros dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano), as cotações do dólar no mercado interno voltaram à tendência de queda determinada pelos bons fundamentos internos e auxiliada pelo comportamento das bolsas ontem, que subiram com dados tranqüilos de inflação dos EUA e Europa. Hoje esse ambiente internacional favorável pode consolidar-se, ou não depois da divulgação do índice de variação de preços ao consumidor (CPI) norte-americano.

Além do dado de inflação, outros indicadores dos EUA podem ajudar no rumo da cotação do dólar. Se os índices vierem em linha com o esperado ou com informações positivas quanto à trajetória da inflação e da atividade econômica, a cotação do dólar ante o real deve manter o caminho da desvalorização. Até porque, no exterior, os investidores estão à espera de números que dissipem as recentes preocupações para darem continuidade ao tom otimista que impera nos negócios há tempos.

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