O dólar à vista na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) abriu com recuo de 0,35%, cotado a R$ 1,867. E investidores dizem que só uma coisa poderia impedir a continuidade da queda da cotação do dólar nesta manhã: o mercado criar um consenso de que o preço está baixo e que, portanto, seria necessário fazer-se um ajuste de alta. Isso é pouco provável, no entanto. Afinal, as condições que têm mantido a tendência de desvalorização da moeda norte-americana, no Brasil e no exterior, estão todas reunidas mais uma vez. As bolsas européias e norte-americanas operam com valorização, os juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos recuam e as perspectivas para o fluxo de recursos são positivas.

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O único fator que poderia dar suporte a um eventual ajuste de alta seria o comportamento do petróleo. A commodity segue com ganho firme e já ultrapassa os US$ 77 em Londres. No pregão eletrônico de Nova York, chega perto dos US$ 73. Mas os negócios não têm sido pautados por esta variável.

Hoje há dados importantes da economia norte-americana a serem divulgados. Daí também poderiam surgir oportunidades para realizações. Às 9h30, o Departamento do Comércio dos EUA divulga os dados de vendas no varejo. No mesmo horário sai também o índice de preços das importações referente a junho. Mais tarde, às 11 horas, será anunciado o índice de sentimento do consumidor preliminar de julho.

Vale registrar que hoje estréiam, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as negociações com papéis da Redecard. E empresa levantou R$ 4,072 bilhões, na maior oferta pública de ações do mercado brasileiro. Nos últimos dias, especialmente ontem, a operação ajudou a manter o recuo do dólar ao fortificar as perspectivas de entradas de recursos. Pelos cálculos do mercado, 70% das ações ficaram na mão de estrangeiros.

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