O dólar à vista abriu em baixa de 0,21%, cotado a R$ 1,90 no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O segundo negócio já foi fechado com o dólar a R$ 1,897, baixa de 0,37%. No mercado interbancário de câmbio, ainda não foi registrada negociação até as 9h15.
Como o mercado aguardava, o Banco Central fará, a partir das 17 horas de hoje, pesquisa de demanda para realizar leilão de swap cambial reverso (equivalente à compra de dólares no mercado futuro), que visa a rolagem do vencimento do próximo dia 2 de julho, de US$ 1,5 bilhão. Esta operação não se enquadra no perfil das intervenções que o mercado espera e que teriam como objetivo impedir o rompimento do piso informal de R$ 1,90. Assim os operadores acreditam que a marca será testada logo na abertura dessa manhã, já que o cenário internacional é positivo neste início de dia, com taxa de juros dos títulos do Tesouro americano em queda e bolsas em alta.
Para especialistas ouvidos pela Agência Estado, no entanto, o rompimento do piso psicológico de R$ 1,90 depende também do fluxo de recursos. Nos últimos dias, players do mercado têm atuado para ver a marca ser rompida, mas o movimento não encontra respaldo na entrada de dinheiro. Os exportadores estão retraídos, no aguardo de atuações do BC que possam elevar as cotações do dólar permitindo maiores ganhos.
Paralelamente, um assunto concentrará as atenções do mercado doméstico de câmbio e pode tornar-se o divisor de águas dos negócios desta quarta-feira: a divulgação dos dados de fluxo e posição cambial dos bancos. Depois de mais de um mês sem os dados em mãos, devido à greve dos funcionários do Banco Central, os investidores convivem com um leque de estimativas destoantes e o números oficiais podem gerar reposicionamentos.