O dólar subiu 1,02% ontem, interrompendo uma seqüência de sete quedas. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 2,474. Para analistas, depois de vários dias em baixa é normal que o dólar suba um pouco. Também pesou no mercado o temor do aumento do risco no cenário externo.

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Segundo o economista da Ágora Senior, João Marcus Marinho Nunes, rumores nos Estados Unidos de que alguns ?hedge funds? (fundo que aplica em qualquer tipo de ativo) estariam com dificuldades provocaram mau humor no mercado norte-americano, contaminando os negócios no Brasil.

Com isso, a captação no exterior de US$ 500 milhões, anunciada hoje pelo Tesouro Nacional, não teve impacto no câmbio e nos títulos da dívida do Brasil.

Para Mário Battistel, da corretora Novação, a emissão soberana gera mais credibilidade ao País e abre espaço para captações privadas, mas não representa necessariamente um ingresso forte de divisas, já que o governo pode deixar lá fora parte dos recursos captados para honrar dívidas.

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Apesar da alta da moeda, os analistas consideram que a tendência de baixa permanece, em razão dos ingressos de recursos no País por meio das exportações e da ausência do Banco Central no câmbio.

Bovespa

A Bolsa de Valores de São Paulo caiu 2,76% ontem e fechou com 24.762 pontos, acompanhando o mau humor do mercado acionário dos Estados Unidos. O volume financeiro negociado na Bovespa chegou a R$ 1,126 bilhão. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 0,99%. A Bolsa eletrônica Nasdaq recuou 0,85%.

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Entre os fatores que pesaram nos mercados ontem, os analistas citaram o temor de maior risco no cenário externo.

No final do dia, o risco-país brasileiro tinha alta de 3,77%, para 440 pontos. O C-Bond – um dos principais títulos das dívida externa do Brasil – caía 0,55%, para 100,75% do seu valor de face.

O preço do petróleo também voltou a ser motivo de preocupação. Com as especulações de que a demanda pela commodity poderá ultrapassar a capacidade dos países produtores de suprir o mercado, o barril de petróleo para entrega em junho – negociado em Nova York – fechou cotado a US$ 52,07. Durante o dia, o barril chegou a ser cotado a US$ 53,10. Anteontem, o valor final foi US$ 52,03.

Nesta semana, o mercado estará atento ainda a diversos indicadores dos Estados Unidos, entre eles o número de pedidos de auxílio-desemprego, vendas no varejo e o déficit comercial norte-americano, que deve subir de US$ 61 bilhões para US$ 61,5 bilhões entre fevereiro e março, segundo estimativas do mercado.