O dólar à vista na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) abriu em queda de 0,15%, cotado a R$ 1,960 e reforçava o ritmo de baixa para 0,31%, a R$ 1,957, na mínima. Hoje é feriado nos Estados Unidos, o que tende a esfriar os negócios no mercado doméstico de câmbio e a voltar os olhos dos investidores para a realidade interna na hora de definir as transações. Habitualmente, o início de cada mês é marcado por um maior volume de negócios por parte dos exportadores, o que influencia as cotações do dólar para baixo. Porém, também esse tipo de operação deve ser limitado, nesta segunda-feira, pela ausência dos norte-americanos nas mesas de operações.
No noticiário interno, um dos destaques é o resultado do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), que já foi divulgado e mostrou taxa de 0,42%, dentro das estimativas. A variação do custo de vida nacional tem mostrado aceleração e vem ganhando a atenção dos analistas e investidores que calibram as apostas para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ainda nesta semana. Hoje, o IPC-S contribui para tensões menores nesse cenário e ainda vale ressaltar que os impactos das discussões em torno da inflação no comportamento do dólar vêm sendo marginais.
Inflação
As perspectivas dos economistas, demonstradas pela pesquisa Focus, divulgada hoje, apresentam mais uma importante revisão para cima nas perspectivas de inflação. A taxa estimada do IPCA deste ano passou de 3,86% para 3,92%. Para a taxa de câmbio, houve ajuste para cima nas estimativas do final de setembro, de R$ 1,90 para R$ 1,93. A mudança reflete ainda as incertezas a respeito do desenrolar da crise internacional do crédito.
Europa
Neste cenário, hoje, vale apontar que as bolsas européias operam no positivo por conta de informações favoráveis do setor bancário. A exceção é a praça parisiense, que se ressente do anúncio dos novos termos para a fusão entre a Gaz de France e a Suez. Os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, e o anúncio de um plano para amenizar os problemas dos proprietários de hipotecas nos EUA, feito pelo presidente George W. Bush, ambos na sexta-feira, ainda provocavam efeito positivo nos mercados.