economia

Dólar fecha perto da estabilidade, apesar de disparada do petróleo

Depois de bater em R$ 4,10 pela manhã desta segunda-feira, o dólar teve uma tarde relativamente tranquila, oscilando perto da estabilidade mesmo com o cenário internacional mais adverso, por conta dos ataques a instalações de petróleo na Arábia Saudita, que fez as cotações da commodity subirem quase 15%. Na expectativa por várias reuniões de política monetária de bancos centrais nos próximos dias e dos desdobramentos dos eventos no Oriente Médio, o mercado de câmbio teve uma segunda-feira de poucos negócios. A avaliação é que a alta do óleo não deve afetar por enquanto a redução dos juros aqui e lá fora. O dólar à vista fechou em leve alta de 0,07% a R$ 4,0893.

O dólar subiu em países desenvolvidos e ante a maioria dos emergentes. A exceção foi em regiões exportadoras de petróleo, como Canadá e Rússia, onde a moeda americana caiu. Operadores ressaltam que, pelo fato de o Brasil ser autossuficiente em petróleo, fica menos penalizado pelos eventos no Oriente Médio. Após tocar em R$ 4,10 (+0,40%) na máxima pela manhã, a divisa chegou a cair para R$ 4,07.

“O volume de negócios foi menor e o mercado deve ficar meio morno até quarta-feira”, avalia o responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem. O Federal Reserve (Fed) inicia sua reunião nesta terça e termina no dia seguinte. Mesmo dia que acaba a reunião do Banco Central do Brasil. Além disso, ele ressalta que os agentes estão observando o que vai acontecer com o petróleo após os ataques no final de semana na Arábia Saudita.

Para o Fed, os estrategistas do TD Bank esperam corte de 0,25 ponto e a sinalização de que este é um “corte de meio de ciclo” e não o início de um ciclo de reduções de juros, fator que pode acabar fortalecendo o dólar. Ao mesmo tempo, a avaliação é que o Fed vai manter as “portas abertas” para futuras reduções, mesmo após a alta de dois dígitos do petróleo.

No caso do petróleo, a avaliação da S&P Global Platts é que a tensão geopolítica no Oriente Médio teve uma escalada para um novo nível e é preciso ver as ramificações. “Não quero guerra com ninguém, mas estamos preparados”, disse o presidente americano, Donald Trump, no final da tarde desta segunda. A Casa Branca disse que a culpa dos ataques é do Irã.

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