Uma combinação de fatores internos e externos levou o dólar à vista a romper um suporte importante nesta quinta-feira, atingindo sua menor cotação em cinco meses. A moeda americana caiu 0,58% e fechou valendo R$ 2,883 na compra e R$ 2,885 na venda. É a primeira vez que a cotação de venda fecha abaixo do piso psicológico dos R$ 2,90 desde 14 de abril. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 2,38% e mostrou que superou a alta de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, promovida na véspera pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
O mercado, de modo geral, recebeu com tranqüilidade a decisão do Copom de elevar a taxa Selic de 16% para 16,25% ao ano. Uma pequena parcela do mercado apostava em uma alta de 0,50 ponto percentual e teve de promover ajustes em suas posições, que aconteceram sem sobressaltos.
Também contribuíram para a depreciação do dólar o fluxo cambial positivo e o bom desempenho dos títulos da dívida externa, que subiram e derrubaram o risco-País.
Risco
No final da tarde, o C-Bond subia 0,50% e o Global 40, 1,78%. Em conseqüência, o risco-Brasil despencava 2,63%, aos 481 pontos centesimais.
As projeções dos juros fecharam em queda generalizada na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O dia foi dedicado a ajustes dos investidores depois que o Copom elevou a taxa Selic. A alta de 0,25 ponto percentual ficou dentro do esperado por boa parcela do mercado de juros, e por isso foi recebida com tranqüilidade. Outra parcela, menor, esperava uma alta de 0,5 ponto, o que motivou os ajustes para baixo no pregão desta quinta-feira.
