São Paulo ( AG) – Depois de ter operado nas mínimas do ano, o dólar à vista acabou fechando estável ontem. A moeda americana terminou o dia valendo R$ 2,336 na compra e R$ 2,338 na venda, a mesma cotação de sexta-feira. Os títulos da dívida externa tiveram pequenas oscilações e o risco-país terminou o dia em 400 pontos centesimais, com baixa de 0,49%.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) conseguiu se descolar do mau desempenho das bolsas americanas e fechou em alta de 0,39% nesta segunda-feira, com o Índice Bovespa em 25.321 pontos. O volume financeiro foi de R$ 1,548 bilhão, inflado pelos R$ 558,2 milhões do exercício de opções.
A bolsa chegou a cair 1,20% pela manhã, influenciada pela disputa entre investidores do mercado de opções. A virada aconteceu ainda no período da manhã, com a ajuda das ações do setor elétrico e de siderurgia e mineração.
?O mercado chegou ao final da última semana esperando denúncias graves contra o PT, o que não aconteceu. Apesar das especulações, não houve influência significativa sobre os negócios?, disse um profissional do mercado.
Entre as 55 ações do Índice Bovespa, as maiores altas foram de Braskem PNA (+5,91%) e Eletrobrás ON (+2,83%). As quedas mais significativas do índice foram de Siderúrgica Tubarão PN (-2,45%) e Brasil Telecom Participações PN (-2,15%).
Câmbio
O volume de negócios não chegou a ser expressivo, mas o dólar chegou à mínima de R$ 2,326 na ponta de venda (-0,51%), no período da manhã. Entre os motivos da baixa estiveram o fluxo positivo e um certo alívio com o cenário político menos turbulento que o esperado. Na terceira semana de julho, a balança comercial teve superávit de US$ 985 milhões. A perda de fôlego, segundo operadores, foi um ajuste das tesourarias bancárias ao final do dia.
?O fluxo é bastante positivo, com ingressos de recursos de exportações e captações externas. Apesar da tensão com o cenário político, a tendência é o dólar se manter em baixa, pelo menos enquanto as denúncias estiverem restritas ao PT?, disse Francisco Gimenez Neto, diretor da corretora NGO.
Juros
As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam perto da estabilidade, com os investidores já em compasso de espera pela reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O comitê, formado pelos diretores do Banco Central, se reúne hoje e amanhã para decidir sobre os juros da economia.