A queda do preço do petróleo ajudou a fortalecer o real ontem. O dólar caiu 0,35% e fechou vendido a R$ 2,827. É a primeira baixa da cotação desde a quinta-feira passada. Nem o vencimento de uma dívida cambial hoje e a tradicional cautela um dia antes da decisão dos EUA sobre os juros impediram a queda da moeda norte-americana.
A Bolsa de Valores de São Paulo também não se preocupou com as especulações internacionais, nem com os movimentos de guerra no Iraque. Ontem, o fechamento foi quase estável, em alta de 0,02%, movimento financeiro de R$ 1,120 bilhão e 23.215 pontos.
Trégua
Após meses de turbulências e recordes de alta, o mercado de petróleo mostrou sinais mais consistentes de trégua, depois da reeleição tranqüila do presidente Bush nos EUA na semana passada.
Mesmo com a ofensiva dos EUA em Faluja, centro da resistência contra a presença americana no Iraque, o barril de petróleo recuou mais de 2%, ficando abaixo de US$ 48 em Nova York.
Agora, os investidores apostam no crescimento dos estoques americanos de óleo e combustíveis, minimizando a cada dia o temor ou especulação sobre uma “crise” de desabastecimento no inverno nos EUA.
Hoje, o Departamento de Energia dos EUA divulga relatório sobre os estoques na semana passada. Com a retomada da produção no golfo do México, antes afetada pelos furacões, espera-se um dado positivo.
O “choque” do petróleo foi o principal foco de pessimismo no mercado nos últimos meses, pois o aumento dos custos de energia tende a provocar inflação e a reduzir o ritmo de crescimento da economia mundial.
No Brasil, o impacto da recente escalada do barril, que chegou a superar US$ 55 no mês passado, ainda deve repassado aos preços dos combustíveis. A decisão da Petrobras sobre o reajuste da gasolina deve sair até sexta-feira.