O dólar fechou ontem em queda, a primeira do ano. A moeda americana caiu só 0,36% e terminou vendida a R$ 2,713. Pela manhã, a cotação chegou a recuar quase 1%, ficando abaixo de R$ 2,70. Os exportadores venderam bastante divisas no mercado, mas o Banco Central entrou comprando em leilão realizado no meio da tarde. O Ibovespa (53 ações mais negociadas) subiu 1,65% e encerrou aos 24.747 pontos. Mas essa alta foi insuficiente para "salvar" a semana – o índice acumulou perda de 5,5%. O pregão girou R$ 1,167 bilhão, abaixo da média de dezembro (R$ 1,5 bilhão).
Apesar dessa baixa, o dólar acumulou uma alta de 2% na semana. Saiu da casa de R$ 2,65 no fim de 2004 para R$ 2,71. Analistas projetam cotação de R$ 2,75 para o final de janeiro. Na próxima segunda-feira, o boletim Focus traz nova previsão para o câmbio.
Nesta sexta-feira, os mercados emergentes respiraram aliviados e ensaiaram uma recuperação dos preços de seus ativos após o baque dos últimos dias desencadeado pelas especulações sobre o resultado do relatório de emprego nos EUA.
Na quarta-feira, o banco CSFB (Credit Suisse First Boston) recomendou a seus clientes a venda de títulos do Brasil e do Peru – um dia após o Fed (BC americano) indicar que o atual nível do juro (2,25%) está abaixo do necessário para controlar a inflação.
Nesta sexta-feira, os títulos brasileiros retomaram o rumo de alta, e o risco-país caiu mais de 1%, aos 414 pontos.
Emprego nos EUA
A economia americana gerou 157 mil postos de trabalho em dezembro, segundo dados divulgados ontem pelo Departamento do Trabalho dos EUA. O resultado ficou abaixo dos 175 mil que eram esperados pelos economistas, mas elevou o total de empregos gerados em 2004 para 2,2 milhões, maior resultado desde 1999, quando surgiram 3,2 milhões de novos empregos no país.
No ano passado, as novas vagas surgiram principalmente no setor de serviços, segundo o comunicado do departamento.
Em 2003, o mercado de trabalho americano fechou o ano com um déficit de 61 mil postos de trabalho.
Já a taxa de desemprego se manteve em 5,4%, totalizando 8 milhões de pessoas. O desemprego nos EUA vem variando entre 5,4% e 5,5% desde julho, ligeiramente abaixo dos níveis do primeiro semestre do ano passado.
A força de trabalho americana totalizava em dezembro 140,2 milhões de pessoas, 1,7 milhão a mais que em relação ao mesmo período de 2003.