O dólar fechou a R$ 3,610 para venda, ontem, em leve alta de 0,56%, após dar pouca atenção a duas operações do Banco Central que garantiram a substituição de mais da metade de uma dívida cambial que vence no dia 2. Na mínima da sessão, a divisa foi vendida a R$ 3,575, com leve queda de 0,42%. Na máxima, logo na abertura, o dólar foi negociado a R$ 3,630, em alta de 1,11%.

A moeda norte-americana, no entanto, atravessou o dia volátil em razão de disputas entre comprados e vendidos em contratos de dólar futuro na Bolsa de Mercadorias e Futuros. O contrato de dezembro será liquidado com base na média das cotações à vista de amanhã. Para os comprados é interessante que a média aponte para baixo e para os vendidos a situação interessante é a inversa.

Nem mesmo um feriado no principal centro financeiro mundial pelo dia de Ação de Graças foi capaz de conter a volatilidade do câmbio, típica em fins de mês e vésperas de vencimentos, apesar do volume de negócios bem reduzido.

“O mercado vem com uma liquidez muito baixa desde ontem e hoje foi ainda pior por causa do feriado nos Estados Unidos. O dólar abriu mais pressionado, mas deu uma acalmada com o pessoal um pouco mais tranquilo em relação à rolagem”, avaliou Guilherme Gaertner, gestor de renda fixa da Unibanco Asset Management.

Os leilões de ontem à tarde, juntamente com outros feitos ao longo da semana, garantiram 71% da rolagem da dívida de cerca de US$ 2,3 bilhões que vence na segunda-feira. “O dólar chegou a trabalhar em leve queda quando saiu o resultado do primeiro leilão, mas logo voltou a subir e fechou em queda. O problema é que ainda falta uma parte para ser rolada e amanhã é o último dia para isso”, acrescentou Gaertner.

continua após a publicidade

continua após a publicidade