Dólar fecha dia com a maior cotação do ano

A expectativa pelo discurso sobre o estado da União que o presidente dos EUA, George W. Bush, faria ontem à noite levou a maioria dos investidores a evitar fechar negócios nesta terça-feira. Com isso, o dólar oscilou bastante por uma faixa estreita de cotações e encerrou o dia em alta de 0,49%, a R$ 3,64 para venda e R$ 3,635 para compra. Apesar da tranqüilidade do dia, entretanto, essa é a maior cotação da moeda norte-americana desde os R$ 3,74 de 13 de dezembro.

A expectativa era de que Bush use o discurso para defender a posição norte-americana diante do Iraque, ao qual acusa de manter armas de destruição em massa. O temor dos analistas financeiros é que uma guerra no Iraque, localizado em uma das regiões mais ricas em petróleo do mundo, eleve os preços do produto e impeça a recuperação econômica mundial.

As tensões entre EUA e Iraque vêm monopolizando as preocupações do mercado desde o último dia 16, quando foram encontradas ogivas químicas vazias em território iraquiano. Diante da perspectiva de guerra, cresce a aversão ao risco e os investidores estrangeiros passam a deixar mercados emergentes como o Brasil, enquanto os investidores locais preferem manter dólares a reais em seus caixas.

Entretanto, segundo operadores, as notícias domésticas são positivas e inibem parte do impulso comprador de dólares dos investidores.

Ontem, o Banco Central renovou 54,4% do limite de rolagem de uma dívida cambial de US$ 1,83 bilhão que vence no dia 3 e mais US$ 300 milhões em linhas externas que expiram na próxima semana, evitando uma maior redução da liquidez do mercado e tranqüilizando os investidores.

A rolagem da dívida cambial ontem foi a primeira feita sob condições adversas na gestão de Henrique Meirelles no BC, iniciada no último dia 7.

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