O dólar rompeu uma nova barreira ontem e fechou abaixo dos R$ 2,30, o que não acontecia desde 12 de abril de 2002, quando a moeda norte-americana encerrou os negócios a R$ 2,294. A divisa caiu 1,5% e terminou o dia valendo R$ 2,295.
O mercado de câmbio iniciou a terça-feira cauteloso, por conta das expectativas com a decisão do Fed (Federal Reserve, BC dos EUA) sobre os juros norte-americanos, do cenário político e de uma possível atuação do Banco Central. No período da manhã, chegou a subir 0,55%.
Entretanto, inverteu o movimento no final da manhã, após afirmações do secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, de que não há ?urgência? para compra de dólares.
Em evento em São Paulo, Levy disse que o programa de compra de dólares no mercado com o Banco Central está relativamente adiantado.
Segundo ele, o Tesouro é um comprador como qualquer outro e a volatilidade pode retardar decisões de compra.
?Sem dúvida, estamos adiantados dentro da nossa estratégia de prudência. Nós procuramos nos certificar de que temos o que é necessário, sem açodamento, sem exagerar no passo?, afirmou.
No meio da tarde, com a decisão do Fed de aumentar os juros dos EUA em 0,25 ponto percentual, para 3,5% ao ano, conforme o previsto, o dólar ampliou o movimento de queda e atingiu um novo piso no fechamento.