Mesmo após a realização de dois leilões de compra de moeda pelo Banco Central (BC), nesta sexta-feira (13), câmbio fechou em baixa nos dois mercados e com a menor taxa registrada desde o dia 11 de outubro de 2000 (R$ 1,862). Tanto o dólar à vista negociado no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) como o dólar comercial encerraram a R$ 1,862, com baixas de 0,61% e 0,64%, respectivamente.
As cotações oscilaram em queda durante toda a sessão, pressionadas pelo fluxo cambial positivo e o ambiente externo favorável, com alta das Bolsas norte-americanas e da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os juros futuros na BM&F também operaram no vermelho. Mesmo após as duas atuações do BC, o dólar à vista renovou as mínimas.
EUA
Pela manhã, os indicadores norte-americanos apontaram para direções divergentes. As bolsas subiram motivadas pelo índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que avançou para 92,4 em julho, acima da previsão de alta para 86. Paralelamente, os estoques das empresas cresceram 0,5% em maio, acima da estimativa de +0,3% do dado. Mas o desempenho foi limitado pela cautela dos investidores diante do final de semana e da perspectiva de aumento no número de balanços a partir da semana que vem.
De outro lado, as vendas no varejo nos EUA caíram 0,9% em junho, superando as apostas de queda de 0,1%. O preço das importações em junho subiu 1%, acima do estimado de +0,6%. As vendas no varejo mais fracas ajudaram a dar menos impulso ao dólar. O enfraquecimento nas vendas é visto como um sinal de desaquecimento econômico, o que diminui as chances de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos elevar o juro e portanto, reduz o potencial de ganho do dólar.