A taxa de câmbio nos dois mercados fechou em queda. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista teve desvalorização de 0,61% e encerrou a R$ 1,8595, enquanto o dólar comercial recuou 0,59% e terminou a R$ 1,860. As duas cotações foram as mais baixas desde o dia 24 de julho deste ano, quando o dólar caiu a R$ 1,861.
Segundo operadores, a percepção de que, passado o pior da crise externa, o dólar estaria menos susceptível a movimentos bruscos de preços motivaram ofertas de moeda e o recuo das cotações. O fluxo cambial positivo também favoreceu.
Além disso, aparentemente a maior parte dos investidores posicionados no mercado futuro estaria apostando na queda das cotações e teria interesse no enfraquecimento da ptax (média das cotações do dólar apurada pelo BC), visando a formação da taxa de fim de mês na sexta-feira. Por essas razões, a taxa de câmbio no mercado doméstico teria se firmado em baixa, apesar do vacilante comportamento das Bolsas em Nova York.
Hoje, o Banco Central (BC) realizou leilão de swap cambial reverso (operação equivalente à compra de dólares no mercado futuro em troca de taxas de juros). No leilão, o BC vendeu US$ 2 194 bilhões e conseguiu rolar 100% do vencimento de contratos que venceriam em 1º de outubro.
Pela manhã, o dólar chegou a subir, acompanhando a tensão inicial no mercado externo. Entre os indicadores dos EUA previstos para hoje, o dado de vendas de imóveis não mostrou queda tão profunda quanto temiam os analistas, porém, o índice de confiança do consumidor de setembro caiu para o menor nível em quase dois anos. O índice refletiu um mercado de trabalho norte-americano fragilizado e os temores sobre a volatilidade nos mercados financeiros e em relação ao dólar fraco.