O dólar comercial recuou nesta segunda-feira (1º) 1,31% e fechou cotado a R$ 1,81, a menor taxa desde o dia 15 de agosto de 2000 – quando a moeda encerrou a R$ 1,806. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista cedeu 1,36%, para R$ 1,809.
A moeda norte-americana foi pressionado pela renovação de recordes de pontuação nas bolsas de valores em Nova York (índice Dow Jones) e São Paulo e pelo desinteresse dos investidores em comprarem a moeda, segundo operadores consultados. "O mercado também empurrou o dólar para baixo a fim de testar a tolerância do Banco Central. Há expectativas de retorno da autoridade monetária à compra de moeda no mercado à vista", disse uma fonte.
"Com o fluxo financeiro positivo, o dólar cai porque esses recursos ingressam no País, mas migram para a Bovespa e o mercado de derivativos, especialmente de juros", disse outro profissional. "A Bovespa tem boa perspectiva de rentabilidade e os juros domésticos seguem atrativos, enquanto o dólar perde valor seguindo a tendência da moeda no mercado internacional.
A Bovespa opera acima de 62 mil pontos, com recorde de pontuação embalado pelo fluxo financeiro positivo, recomendações favoráveis de compra de ações brasileiras e a expectativa de novo corte de juro nos EUA. Em Nova York, o Índice Dow Jones subia 1,31% por volta das 16h30 (de Brasília).
Os investidores superaram as preocupações do início do dia com os alertas negativos dos bancos UBS e do Citigroup sobre lucros menores, por causa da exposição a produtos lastreados em hipotecas norte-americanas, e as bolsas de valores européias fecharam em alta. O ex-presidente do banco central dos EUA Alan Greenspan colaborou para a firme melhora das Bolsas à tarde ao afirmar que espera que o mercado "volte para um ambiente normal de lucros" no quarto trimestre.