O dólar terminou o dia perto da estabilidade após encostar mais cedo em R$ 4,10. As mesas de câmbio continuaram monitorando predominante o noticiário do Oriente Médio, mas a terça-feira foi novo dia de poucas novidades, o que na parte da tarde contribuiu para a moeda americana desacelerar o ritmo de valorização ante divisas emergentes. No segmento à vista, o dólar fechou praticamente estável, em R$ 4,0646 (+0,04%). No mercado futuro, o contrato de dólar para fevereiro encerrou em R$ 4,0735, com leve alta de 0,14%.

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O volume de negócios melhorou hoje no mercado e o giro financeiro ficou em US$ 18,8 bilhões, mas o clima de prudência dos investidores persistiu. “Os mercados financeiros se moveram com cautela à espera de novos acontecimentos no conflito do Oriente Médio”, observam os estrategistas do banco espanhol BBVA na tarde de hoje. Mas a falta de novidades abriu espaço para alguns ajustes, incluindo nos preços do petróleo, que recuaram.

O diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante, observa que o mercado espera para ver qual será a reação do Irã ao ataque norte-americano que matou o general Qassem Soleimani. “Como não teve nenhuma novidade hoje, a coisa se acomodou no mercado perto do fechamento”, ressalta ele. Na tarde de hoje, o presidente americano Donald Trump, disse estar preparado para “qualquer retaliação” do país do Oriente Médio. Uma eventual guerra na região pode provocar forte estresse no câmbio, avalia o diretor. Na ausência de novidades, a moeda deve seguir ao redor do patamar atual.

Se o ambiente externo está mais conturbado neste início do ano, as perspectivas para a economia doméstica seguem positivas. “China, Índia e Brasil, três dos emergentes mais importantes, sinalizam que prossegue o fôlego no crescimento”, observa o economista do banco suíço Julius Baer, Janwillem Acket, em relatório a clientes.

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A terça-feira teve a divulgação de indicadores importantes nos EUA, como o índice de atividade do setor de serviços (ISM) e as encomendas à indústria, mas lá também o foco predominante foi a questão no Oriente Médio. O dólar subiu ante divisas fortes, recuperando as quedas de ontem, e operou misto ante emergentes. Caiu no Chile e Indonésia, ficou estável na Turquia e subiu na Colômbia e Rússia.

“Os investidores ainda avaliam o que os ataques podem significar para os mercados financeiros e como o Irã pode responder”, ressaltam os estrategistas da LPL Financial. “Por ora, os agentes acreditam que a escalada das tensões não deve ter impacto material nos fundamentos econômicos.”

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