A moeda norte-americana caiu hoje em relação ao real. No mercado interbancário, o dólar comercial cedeu 0,26%, para R$ 1,893, menor taxa desde 20 de outubro de 2000 (quando valia R$ 1,886). No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista fechou em queda de 0,50%, também a R$ 1,893.

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Apesar de as bolsas de valores norte-americanas terem ampliado as quedas à tarde, reagindo ao aumento da demanda por títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) e à alta do petróleo no mercado internacional, o dólar oscilou, influenciado pelo fluxo cambial positivo.

O dólar apenas reduziu as quedas exibidas após a divulgação do texto do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, sobre inflação. "O dólar reagiu à aceleração da baixa do Ibovespa (principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo), que foi pressionado pelo aumento dos preços dos Treasuries provocado por ajustes de posições defensivas", disse um operador.

As bolsas em Nova York operaram em queda afetadas ainda pelo início ruim da safra de balanços do segundo trimestre, que começou ontem sem muito vigor, com resultados da Alcoa abaixo do esperado. A Home Depot, maior varejista do mundo para artigos para residências, também alertou que seu resultado do ano fiscal de 2007 deve ser menor do que o inicialmente previsto. Às 16h30, a Bovespa recuava 1,11%, depois de bater a mínima de -1,30%. Em Nova York, o índice Dow Jones exibia volatilidade e recuava 0 91%.

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O presidente do Fed disse que as expectativas estão "imperfeitamente ancoradas", mas melhor ancoradas do que no passado. Bernanke não abordou o cenário econômico ou a política monetária atual em seus comentários. Logo após o discurso de Bernanke, às 14h11, o dólar na BM&F renovou a mínima, a R$ 1 88825, em baixa de 0,75%.

Os investidores voltam a buscar proteção em Treasuries, de olho ainda na agenda de amanhã. Nos EUA, serão divulgados dados sobre o mercado de hipotecas e sobre estoques de petróleo.

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