O dólar devolveu nesta terça-feira (9) os ganhos obtidos no início do dia, e os investidores retornaram para um mercado de baixa liquidez pós feriado nos EUA, em meio à incerteza com relação às taxa básica de juro norte-americana, segundo analistas.
Ontem, um mercado igualmente de baixa liquidez permitiu o dólar a avançar, baseado no relatório positivo do mercado de mão-de-obra dos EUA, divulgado na sexta-feira.
Mas com o fim do feriado do Dia de Colombo nos EUA, assim como dos feriados no Japão, China e Canadá, os investidores de moedas que continuam a duvidar dos fundamentos econômicos da economia norte-americana, mudaram seu apoio para euro e o iene. Michael Malpede, analista sênior de câmbio da MF Global em Chicago, disse que os movimentos foram exagerados nesta terça-feira porque um número relativamente pequeno de investidores tomou posições.
A divulgação da ata do encontro de 18 de setembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) ofereceu ao dólar um breve alívio frente ao euro e a libra. Em setembro, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) reduziu sua taxa de juro básica, enviando o dólar a uma espiral de baixa. A ata mostrou uma preocupação do Fed sobre o declínio do dólar declarando: "os riscos de inflação podem estar se intensificando se o dólar continuar a se depreciar de forma significativa".
Alguns interpretaram a frase como uma indicação de que o Fed pode não reduzir o juro novamente, uma vez que a estabilidade de preço é seu principal mandato, e cortes no juro tradicionalmente depreciam o valor do dólar. Contudo, também não é um claro sinal das intenções do Fed, ponderaram os analistas.
No fim da tarde desta terça-feira, o euro estava em US$ 1,4098, ante os US$ 1,4049 da véspera; o iene estava em 117,21 por dólar, ante 117,38 ontem; e a libra estava em US$ 2,0368, ante US$ 2,0355 ontem. As informações são da Dow Jones.