Brasília – A dívida pública mobiliária federal interna fechou 2002 em R$ 623,19 bilhões, praticamente estável em relação à posição do início do ano, de R$ 624,08 bilhões. O principal responsável pela não-redução da dívida no ano passado, apesar dos grandes resgates líquidos registrados no período, foi a desvalorização do real em relação ao dólar, de 52,27%. A moeda americana iniciou 2002 cotada em R$ 2,3204 e fechou o ano em R$ 3,5333.
Assim, a dívida cambial no período saltou de R$ 178,58 bilhões para R$ 230,57 bilhões (+29%), aumentando sua participação no total da dívida de 29,36% para 37%. Em contrapartida, a dívida prefixada caiu de R$ 48,79 bilhões em dezembro de 2001 para R$ 13,66 bilhões em dezembro de 2002, reduzindo sua participação no total da dívida de 7,82% para 2,19%, o menor percentual já registrado desde que o Banco Central e o Tesouro começaram a divulgar o relatório da dívida pública em 1999.
Em dólar, a dívida cambial mobiliária registrou queda de US$ 77 bilhões em 2001 para US$ 65,3 bilhões em dezembro de 2002. A expectativa do Tesouro em seu planejamento para o ano passado era que a dívida cambial ficasse entre 25% e 30% do total.
