O dólar ficou mais barato nesta sexta-feira (24) em relação ao real, pelo terceiro dia consecutivo. No mercado interbancário, o dólar comercial recuou 2,31% e fechou cotado a R$ 1,942. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista perdeu 2,26%, para R$ 1,943. Agora, a alta acumulada pelo dólar comercial no mês é de 3,19%.
A devolução parcial da alta recente – vale lembrar que a moeda fechou a R$ 2,092 na quinta-feira da semana passada, quando subiu 3% – reflete o sentimento de confiança que parece estar crescendo entre os investidores, por causa da melhora das Bolsas em Nova York e a continuidade dos ganhos da Bovespa pelo sexto dia útil consecutivo.
Esta tarde, a Bolsa paulista renovou as máximas várias vezes levando o dólar, simultaneamente, a bater no piso do dia. De acordo com um operador, "depois das quedas fortes dos últimos dias, que deixou muitos agentes machucados, alguns começam a voltar a montar posição?, afirmou. Segundo o gestor de renda variável da Ático Asset Management, Fernando Barbará, nos últimos dias algumas notícias positivas ajudaram a diminuir a aversão a ativos de maior risco. E, hoje, o dado de bens duráveis e as vendas de casas novas nos EUA ajudaram a reduzir o medo de recessão da economia norte-americana.
Nova York melhorou hoje e a Bovespa foi atrás, favorecendo a ampliação das quedas do dólar. O risco Brasil também reflete a melhora de humor e cai forte. Por volta das 16h15, o risco Brasil recuava 5,80%, a 195 pontos-base, enquanto o risco de países emergentes caía 2,16%, a 227 pontos-base.
Um operador observou que o Banco Central não faz leilão de compra há nove dias úteis. O último leilão de compra ocorreu em 13 de agosto, na segunda-feira da semana passada. Por isso, se os mercados em Nova York continuarem favoráveis na segunda-feira e o dólar prosseguir em baixa, é possível que o BC retome os leilões de compra de moeda.